segunda-feira, 23 de junho de 2008

Como se fosse puro pirlimpimpimuma
Uma ponte entre o elo e o perdido
umbigo olhando pra dentro
Sentir o grave do mundo
Trabalhar cada agudo interior
Fechar os olhos de costas pruma imensa caixa
O sub sob ti
Teu corpo no caminho do som
O desenho da energia a sua volta
Eu sei que nao é alma, mas é o mais próximo que eu vi
À sua volta, calorzinho ventado, libido e divino
viadinho mesmo, como aconchego
Um único momento de uma única sensação, ou vice e versa
e um instante de,
Transbordou
Já tentou achar um cafezinho numa balada?
A anfetamina matou o café!
O que houve com o queijo quente?
com a bala de tamarino
Com um receptivo pé de ouvido feminino
Um novo machismo há de nos redimir
Uma cantada barata, mas esforçada
Doçura ela deixa na chapelaria
Chapelaria ela deixa pra alguém
A boa vontade alheia, nao é Blanche?
O salto salta a sua frente e ficamos pra trás
O homem já nao mente o que sente
Mesmo que ainda tente
Chega a fingir que é dor a dor que deveras sente
Mininos são sempre mininos, homens só as vezes
E as mininas, mesmo mininas, são sempre mulheres
Onde estará este imenso jardim de infância capaz de?
No fundo
estamos aprendendo a estar sozinhos
Segura essa
E nos acostumando com isso
O que nao é ruim
mas deve haver alguém...
Encosto a cabeça pra trás e sinto o mundo
Ha um silencio imenso nas pessoas
Depois de hoje nada será como antes
Tudo pode acontecer
O vazio flerta com o espaço
E nada será como antes
O mundo é uma enorme sala
Decore como quiser
Um tapetinho aqui uma luz que entra dali
Um palavra que faz sentir
Uma pessoa que faz sentido
Amar alguma coisa profundamente, uma ideia
Aquarela babando na tela branca
Porque sempre temos alguma coisa pra querer
Isso nos torna melhores, vai saber
Primeiro sinal
O desejo é a moeda do tempo
E dentro de nos há multidões
E nada será como antes
Segundo sinal
Aqui e agora
É baixada uma ponte
para que entre,
quando chegue
Terceiro sinal

3 comentários:

Fran Fillon disse...

Que Bailinho intenso!
Sobrevivi, com o coração apertado.
Fechei os olhinhos e dormi, acabei sonhando a noite toda que estava dançando ao som de sua vitrola.

Maria Carolina Portugal disse...

há alguém!!!

Bailinho disse...

as vezes nao sei se esse blog é meu, ou pessoa jurídica.
escrevo meio cheio de dedos
peço licença aos desconhecidos,
e desculpas aos conhecidos...
mas
como diria Pessoa, meu poeta maior;
Eu tenho para com as palavras, carinhos de antiquário, e fúrias de colecionador.

salve o bom e o mal entendedor,
porque nem sempre meia palavra basta!